O retorno
do Furacão a elite do futebol nacional, passou muito pela mudança na forma de
jogar. Usada poucas vezes durante a temporada a formação surpreendeu no
clássico, quando todos esperavam um Figueirense mais cauteloso, jogando por uma
bola.
Ao saber
da possibilidade de entrar com três atacantes, poucas horas antes do clássico
temi o pior. Até porque na teoria, daríamos o meio ao rival onde flutuam os
principais jogadores do adversário. Porém, o volante Rivaldo foi implacável
segurando a bronca na marcação, e Figueira conseguiu encontrar os espaços para
a vitória.
Surpresa |
Desde o
inicio da temporada, oscilando em algumas partes da série B, o meia Maylson foi
fundamental na arrancada final. Vejamos na imagem a cima à chegada sempre fulminante
do meia ao ataque, sempre culminando em gols. No esquema adotado para a parte
final do campeonato, o jogador foi fundamental, sem criar muitas ocasiões de
gols o meia se destacou pela eficácia de aparecer sempre nos espaços vazios
para definir as jogadas.
Jogando em
um esquema que usa mais os lados do campo, abrindo a defesa adversária o faro
pouco criativo do jogador na armação não fez falta. Com a boa saída de
Rivaldo/Rodrigo Souto, sempre abrindo o jogo pelos flancos, Maylson foi
mais utilizado como surpresa chegando de trás, e não como precisamente um
"camisa 10" criador de jogadas.
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Marcação pressão |
Outro fator que deu resultado foi à marcação pressão, pouco exercida,
mas que deu resultados principalmente na partida contra o ABC, onde terminou em
bola na rede. Na imagem observamos os três atacantes em boas condições, Maylson
nesta jogada foi o real camisa 10 articulador e serviu Pablo que abriu o
placar. A jogada se iniciou numa bola roubada pelo volante Rivaldo no meio
campo, Maylson acionado rapidamente tinha apenas que escolher.
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Deslocamento |
O esquema foi eficiente, porém as variações (mudanças de posições) pouco aconteceram, o esquema foi bastante estático, apesar da importante recomposição dos alas (Pablo/Everton Santos). O 4-3-3 exigiu mais movimentação e deslocamento dos jogadores na partidas no Scarpelli, na imagem podemos ver o centroavante Rafael Costa, saindo da área para abrir o jogo, deixando espaço para a penetração do Everton na defesa do Asa.
Temos que destacar também os volantes que atuaram (Paulo Roberto, Nem, Rodrigo Souto e Rivaldo), no 4-3-3 ou 3-5-2 a participação dos volantes é fundamental, ao mesmo tempo de destroem já articulam. E a defesa, mais precisamente a zaga com o "casamento" perfeito entre Thiego e Nirley, acabou-se o drama da bola aérea, ouso dizer que sem a dupla de zagueiros não voltaríamos à série A, com toda certeza.
O Figueirense retornou a elite por diversos fatores que aconteceram, um deles e fundamental foi à mudança tática. Parabéns ao nosso treinador (Vinicus Eutrópio), que teve lucidez e coragem no momento certo.
@Riqueelias