quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Para Abel Ribeiro, mesmo com derrota o Figueirense recuperou espírito de jogar


Técnico interino afirma que desgaste físico acontece pela grande sequencia de jogos

O técnico interino do Figueirense, Abel Ribeiro, não conseguiu trazer dois pontos para Florianópolis na partida contra o Náutico. Com dois tempos bastante distintos, o Figueirense dominou no primeiro tempo e acabou sendo surpreendido no retorno do vestiário. Logo após o fim da partida, o técnico analisou o desempenho alvinegro em campo: 
— Fizemos um bom primeiro tempo. Encaixamos bem a marcação, principalmente no campo defensivo do Náutico. Fizemos dois gols e tivemos mais duas oportunidades que poderíamos ter ampliado. O Náutico começou a sair com os dois volantes deles no segundo tempo, e a movimentação do Araújo acabou confundindo a marcação dos nossos zagueiros, e o Náutico passou a trabalhar no ataque sempre com um jogador a mais. E aí o Náutico passou a jogar melhor e conseguiu a vitória — disse o técnico interino. 

Desatento, o Figueirense cometeu alguns erros que garantiram o acerto do Náutico na segunda etapa. Abel entende que foi chamada atenção para os erros cometidos no primeiro tempo, mas houve falha na marcação:
— Tudo foi passado no vestiário. Mas dentro do jogo fica distante para a gente. Principamente porque ali, o atleta não consegue te escutar.  Não conseguimos aí encaixar a marcação e tomamos os gols no segundo tempo. O Náutico voltou nos agredindo mais, trabalhando no nosso erro. No segundo tempo o Náutico cresceu na partida e acabou fazendo gols — afirmou Ribeiro.
O técnico interino falou também sobre a falta de tranquilidade do Alvinegro:
— Faltou tranquilidade para segurar a bola no segundo tempo. Essa é uma dificuldade que o Figueirense tem. No primeiro tempo estávamos saindo com a bola dominada. No segundo tempo, com a pressão do Náutico, começamos a perder a primeira bola e não conseguimos encaixar o passe. E aí nós ficamos acuados lá atrás — observou Abel.
Quanto ao "crescimento" da torcida no segundo tempo, após o primeiro gol de Elicarlos, Abel Ribeiro entende que o torcedor também fez a sua parte:

— É preciso dar mérito para a torcida. O mesmo que aconteceu com o Coritiba no último jogo, neste jogo contra o Náutico, aconteceu o contrário. Depois do primeiro gol, o torcedor do Náutico jogou junto. Os gols que tomamos houve descuido nosso. Mas não há nada que não possa consertar ou recuperar. O que mais me surpreende é que o grupo voltou a ter o espírito de jogar — disse Abel Ribeiro.
Sobre a sequencia de jogos, sem muitas pausas para treinos, Abel Ribeiro diz que e natural que haja um desgaste da parte física dos atletas:
— O desgaste é natural. Os jogos estão seguidos, saímos de um jogo no domingo e tivemos que viajar segunda-feira já. Nós vamos ter dificuldade no jogo de sábado, porque o tempo de recuperação é curto. Se a equipe não perdesse o encaixe da marcação, o desgaste é menor. No segundo tempo, substituímos o Fernandes pelo Almir, e tentamos colocar o Ronny para agredir mais o adversário, mas acabamos não conseguindo virar — falou Abel.
Sobre a chegada do técnico Márcio Goiano, que será apresentado nesta quinta-feira, Abel entende que o novo treinador do Figueirense terá bastante trabalho pela frente:

— O Márcio conhece boa parte do grupo, mas é uma situação delicada, porque não há tempo para trabalhar. Ele vai dirigir o jogo sábado com apenas um treinamento. E aí nós vamos conversar. Túlio e João Paulo voltam para o jogo de sábado. O tempo é curto. Vai ser muito mais na conversa do Márcio e do conhecimento dele para o jogo de sábado — finalizou o interino.

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