Técnico inicia caminhada em busca de milagre para evitar queda do clube para Série B. Em 2011, Goiano deixou clube com 61% de aproveitamento
Quando pisar no gramado campo 'Calico', no CFT do Cambirela, para dar o primeiro treino, o técnico Márcio Goiano terá, por alguns segundos, um déjà-vu. Diante dos olhos, tudo será igual como sempre foi. No horizonte, o morro do Cambirela, praticamente a mesma estrutura que usufruiu, e até os amigos e jogadores estarão lá. Íntimo do Alvinegro, será no passado, de glórias e bons retrospectos, que Márcio Goiano irá se apoiar para começar aquele que pode ser o último dia da vida do Figueirense na Série A. A partir desta sexta, Márcio Goiano terá pela frente o maior desafio da carreira: evitar a queda para a Série B do clube que levou à Série A.
O mês de agosto começou para Goiano, definitivamente, como o mês do desgosto. Sem clube e diante de incertezas, o técnico ouve o telefone tocar e, do outro lado da linha, está um, não menos desesperado, gerente de futebol do Figueirense, Chico Lins. Depois do convite, identificado com o clube, capitão, tricampeão catarinense — como jogador — e dono de um retrospecto invejável como ex-técnico no clube, Goiano e o Figueirense encontraram-se em um momento de necessidade de ambos. Tanto que o treinador ignorou os problemas políticos do clube e aceitou o convite e teve alta aceitação da cúpula alvinegra.
— A partir do momento que surgiu a possibilidade de meu retorno ao clube, eu sempre procurei manter uma tranquilidade e o equilíbrio. Em 2011 foi minha primeira oportunidade que tive de vir trabalhar aqui, como treindor. E foi um ano que nós conseguimos o objetivo traçado pela diretoria, que era voltar à Série A — diz Goiano.
— O torcedor me conhece desde o tempo em que trabalhei como atleta. Desde aquele tempo sempre chamei e busquei a responsabilidade. Agora não será diferente. Com essa responsabilidade vai procurar passar tranquilidade ao grupo de jogadores para que, consiga junto, torcida e jogadores, contagiar e conseguir resultados positivos — explica.A situação complicada na tabela só será revertida com um verdadeiro milagre. Um milagre que Márcio Goiano já provou ser capaz de fazer há dois anos. Em 2010, quando assumiu pela primeira vez o Alvinegro, desde o o Campeonato Catarinense de até o estadual do ano seguinte — entre eles a Série B, em 65 jogos, Goiano teve 61% de aproveitamento. Atualmente, em 19 rodadas, o Figueira está com 23,3%.
Dos tempos de zagueiro e, capitão, as lembranças são gloriosas. Como jogador, entre 2001 e 2004, foram 218 jogos (96vitórias, 52 empates e 70 derrotas) com 14 gols marcados. Além disso comandou a equipe no tricampeonato catarinense — 2002, 2003 e 2004. Por isso, por tudo que fez, Goiano, para o torcedor do Figueirense, é sinônimo de conquistas.
— Ao torcedor só tenho a agradecer. Tudo que conquistei aqui dentro foi graças a essa energia positiva. Se for resgatar 2001, jogou junto, diante de todas as dificuldades que tivemos para voltar à Série A. Ela (torcida) esteve presente, se colocar em 2010, o torcedor foi outra vez importante. A eles (torcedores) só tenho a agredecer. O torcedor se manifestou novamente e foi do trabalho, do dia a dia, e da conquista por causa do trabalho.
Na sexta, quando pisar no gramado do campo 'Calico', no CFT do Cambirela, Márcio Goiano dará sequência a relação e, escreverá, um novo capítulo na história do Figueirense. Se será glorioso, só o tempo e os resultados é que poderão dizer.
Números de Márcio Goiano
pelo Figueirense
Como Jogador - 2001 e 2004
— 218 jogos (96v, 52e e 70d)
— 14 gols
— Tricampeão catarinense 2002 a 2004
Como treinador — 20210 a 2011
— 65 jogos (33v, 20e e 12d)
— Vice da Série B de 2010 (acesso à Série A)
pelo Figueirense
Como Jogador - 2001 e 2004
— 218 jogos (96v, 52e e 70d)
— 14 gols
— Tricampeão catarinense 2002 a 2004
Como treinador — 20210 a 2011
— 65 jogos (33v, 20e e 12d)
— Vice da Série B de 2010 (acesso à Série A)
Fonte: Globo Esporte
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